segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Por que o amor é um jogo?

Para minhas amigas...


Por que tem que ser um jogo?

Por que temos que nos segurar quando queremos ligar pra chamar pra sair, pra beber cerveja, pra ir à balada, pra ir ao Motel, ou pra dar um abraço?

Por que tanto sofrimento quando queremos mandar uma mensagem ou um e-mail dizendo simplesmente “oi, como você está?”

Quem foi que disse que homem só dá valor à mulher que se faz de difícil?

Quem foi que começou com essa ideia de que mulher que se dá valor é aquela que diz muitos NÃOs?

E as nossas vontades, nossos desejos?

Não é gostoso dizer SIM quando temos muita vontade?

Correr atrás daquilo que queremos, seja amigo, amante, amigo-amante, namorado, marido, é nos desvalorizar?

Por que esperar ligação no dia seguinte? E na semana seguinte?

Por que esse jogo do “ontem eu liguei, então hoje é a vez dele” e do “ontem eu liguei e ele não atendeu, então hoje se ele não ligar não vou atender”?

Por que brincar de esconde-esconde?

Não é muito melhor o pega-pega?

Por que esperamos passivamente que as coisas mudem e melhorem e ainda reclamamos quando não acontecem do jeito que prevíamos?

Será que é coerente reclamar de algo que deu errado quando não colocamos nem um dedo pra que desse certo?

Se você quer uma coisa bem feita, que faça você mesmo(a)!

Eu não queimei sutiã e ainda gosto de homens cavalheiros que abrem a porta pra mim. Mas acho legal dividir a conta e vou atrás daquilo que quero. Eu ligo, mando mensagem e e-mail.

Se eu sofro ou não por falta de resposta, aí já é outra história...


terça-feira, 15 de setembro de 2009

Por que ser poeta

Achei que devia postar uma pequena apresentação neste blog...

Por que ser poeta?


Minha primeira poesia aconteceu aos 8 anos, quando o colégio resolveu sair do tema “redação das minhas férias” e pediu pra que os aluninhos escrevessem poesias. Na época não sabia muito o que significava a palavra, então comecei a rimar “passarinho” com “ninho” e pequenininho”. Mais tarde, aos 10 anos, veio um diário colorido e uma explosão de “criatividade”, rimava “você” com “ipê”.


Aos 11, as tardes de ócio na casa da vovó renderam alguns livrinhos de histórias infantis: a menina que queria voar, o urso panda que queria escapar da extinção, o ratinho que queria ser amigo do gavião. Vovó muito me incentivava. Ela mesma escritora, casada com filho de poeta do mar e ex-namorada de poeta/músico/mulherengo, me empurrava para uma possível carreira como escritora.


“Apareci” em público pela primeira vez aos 12 anos, com a publicação de uma crônica – Ao subir da colina - em um jornalzinho do bairro.


Com apoio da família procurei uma editora e, aos 13, lancei um dos livrinhos que escrevera dois anos antes (o Gavião e o Rato. Um dia ainda faço uma resenha sobre ele. Ou não. Não acho muito legais autocríticas).


Com a adolescência veio uma enxurrada de poemas falando de amor, decepção, descobertas, mágoas, e mais tristeza do que alegrias.


Sonhava em lançar um livro de poesia assim que entrasse na faculdade.

Sonho não alcançado. Nunca achei minha seleção boa o bastante.

A faculdade veio, e, contrariando os desejos de minha avó, me tornei farmacêutica.


Não, nunca deixei a poesia de lado.

A palavra escrita (e lida também, todas as noites antes de dormir, e às vezes nas tardes chuvosas) sempre foi um consolo e um meio de extravasar.


Mas com o amadurecimento migrei mais para a prosa.


No entanto, não acho que a prosa seja menos poesia do que a própria poesia. Não preciso escrever com rima e métrica para me considerar poeta. O que escrevo é fruto de sentimentos e sinceridade, e o que vem de dentro (ai que brega!) é poesia.


Natália Beani de Carvalho

domingo, 13 de setembro de 2009

Inquietude

Há tanto que quero falar,
Tanto desejo e expectativas,
um mundo inteiro de sentimentos
sendo construído e descoberto.

Quero explodir em mil palavras.
Quero abrir minha alma pelos meus olhos.
Mas meu medo me faz calar.
Paralisada, desvio o olhar.

Quero adivinhar o futuro,
mas o passado me faz ter cuidado.
Me prendo ao presente e travo.
Sem saber o que falar, dou risada desconexas.

Misto de esperança, temor,
loucura, cautela e carinho.
Há inquietude em meu interior,
Muitas dúvidas e algumas certezas...

eu vou me dar mal.